Será que a mulher é o sexo frágil? Segundo a cardiologista Amália Pelcerman, em termos de riscos para o coração, a mulher é sim mais frágil que os homens. Em palestra na Sede, ela explicou às voluntárias que, por possuírem artérias mais estreitas e que entopem mais facilmente, entre outros fatores, uma mulher, na mesma condição (com os mesmos fatores de risco) que um homem, tem 50 % a mais de chance de ter um infarto.
E explicou: depois da década de 1970, quando as mulheres começaram sua emancipação e a entrar no mercado de trabalho, esse upgrade veio acompanhado de alguns hábitos nada saudáveis, como fumar, beber e se estressar no emprego, o que levou a uma alta elevação do risco de infarto nas mulheres. Hoje, mais de 20 milhões de brasileiras têm o risco de sofrer um ataque cardíaco e 30 mil já sofrem todo ano.
Na mulher, os sintomas também são mais difíceis de identificar e podem ser muito diferentes do formigamento do braço esquerdo e dor no peito comum nos homens. “A menopausa também é um fator de risco a mais, pois o estrógeno é responsável pela dilatação e limpeza das artérias e pela proteção cardíaca”, explicou.
Amália mostrou uma estatística alarmante: na década de 1950, para cada dez homens que tinham problemas no coração, havia apenas uma mulher. Na década de 1990, esse número subiu para seis mulheres e hoje está quase par a par.
Para evitar as doenças do coração, a cardiologista deu algumas dicas:
– Fazer check up cardíaco uma vez por ano;
– Adotar hábitos alimentares saudáveis;
– Praticar exercícios moderados (como 20 minutos de caminhada);
– Não fumar (mulheres que tomam pílula anticoncepcional e fumam possuem 15 vezes mais chance de enfartar);
– Se ingerir bebida alcoólica, tomar apenas uma taça de vinho nos fins de semana;
– Relaxar e meditar por cinco minutos todos os dias;
– Ser solidária;
– Tentar trabalhar naquilo que gosta;
– Se estiver acima do pesa após os 50 anos, procurar perder um quilo por ano.