Com o salão da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo lotado, foi realizada a premiação do Concurso WIZO de Pintura e Desenho 2015, que teve o tema “Brasil/Israel: Tecnologia no século 21”.
Compuseram a Mesa Executiva Sergio Serber, presidente do Conselho Estadual Parlamentar das Comunidades de Raízes e Culturas Estrangeiras; Fares Saeb, vice-cônsul Geral de Israel em SP; Raquel Volpato Serbino, representando o secretário de Estado da Educação Herman Voorwald; José Goldemberg, presidente da Fapesp; Valmir Macedo, gerente de Eventos e Marketing do Banco Bradesco; Sulamita Tabacof e Iza Mansur, presidentes de Honra e do Executivo da WIZO São Paulo. “Esse tema que a WIZO escolheu é importante, pois agrega a tecnologia à questão humana” afirmou Sergio Serber, na abertura da sessão.
Os primeiros a receberem seus prêmios, das mãos da diretora do Concurso, Tania Tarandach, foram os participantes da nova categoria, criada no ano passado, destinado aos participantes do EJA – Educação de Jovens e Adultos, alunos que não concluíram os ensinos fundamental e médio na idade apropriada. Este ano, o prêmio para essa categoria foi ampliado e contemplou três vencedores, todos pertencentes a unidades prisionais. “Com a premiação do ano passado, muitos já ficaram esperando o tema deste ano para se engajarem”, contou a professora Giseli Renz Batista, que orientou o trabalho que recebeu o terceiro lugar.
Em 2015, 150 novas escolas se inscreveram no Concurso, algumas de cidades distantes até 700 quilômetros da capital paulista, mostrando a força e a relevância do Concurso após 27 de existência. “Nós vivemos em um país onde muitas coisas boas, infelizmente, não tem continuidade, mas esse nosso Concurso por todos esses anos tem sido um aprendizado para nós, voluntárias, e também para professoras e diretoras das escolas”, disse Sulamita Tabacof, uma das criadoras do certame.
A magia da arte
Em um discurso emocionante, Raquel Volpato Serbino mostrou aos jovens a oportunidade que estavam tendo ao estar ali com pessoas como José Goldemberg. “Ele é um dos maiores cientistas brasileiros e está aqui aplaudindo vocês”, bradou. Goldemberg, que entregou o primeiro prêmio, falou de como a tecnologia transformou países em potências. “Israel e os EUA se apoiaram no desenvolvimento tecnológico para construir sociedades modernas e mais justas”. Iza Mansur, presidente da WIZO-SP, falou da magia da arte no engajamento dos jovens. “A arte é um componente mágico para a educação, para o nosso dia a dia, de aproximação e na coexistência entre povos”. Valmir Macedo, do Bradesco, ressaltou o intercâmbio cultural entre Brasil e Israel que o Concurso promove. “É um verdadeiro estímulo à criatividade dos jovens, e difunde valores como ética e integridade, e é por isso que o Bradesco opta sempre em apoiar essa iniciativa”. Para Fares Saeb, o tema deste ano foi acertado, porque “tanto arte como tecnologia são ferramentas importantes para conectar as pessoas”. Por fim, Tania Tarandach agradeceu a todos que fazem esse Concurso acontecer, de funcionários a voluntárias e parceiros. “E vocês jovens e acompanhantes, continuem essa parceria com a WIZO, que é importante para todos nós”.
A mais nova entre as premiadas, Isabelly de Freitas Lesse, de apenas 12 anos, disse que antes de participar do concurso não sabia nada sobre Israel, e agora sabe: “Eu descobri sobre os óculos inventados pelos israelenses que ajudam pessoas com deficiência visual a ler, por exemplo”. A segunda colocada, Luiza Helena Alcântara Garcia, disse que ficou impressionada com o uso da água de forma inteligente por Israel. Já o grande vencedor da tarde, Hendio Gabriel Ribeiro Cavalcanti, incentivou todos a continuarem participando do concurso: “todos têm, no fundo, um talento artístico, basta descobrir”.
Caravana de Caraguatatuba
Algumas escolas mandaram representantes mesmo sem ter participantes premiados no Concurso. Foi o caso da Escola Alcides Castro Galvão, de Caraguatatuba, incentivados pela professora Gilda Brasileiro, que trouxe 15 alunos do segundo ano do Ensino Médio. “Sou filha de mãe judia – da família Goldenberg – e pai negro, então para mim um concurso que une Brasil e Israel é ainda mais significante”, contou. Sobre a decisão de vir prestigiar a premiação, ela afirmou que a ideia foi tocar os alunos para um tema importante. “Queremos que eles tenham uma visão sem lentes, sem véu, e esse Concurso nos dá uma visão real do que é Israel, além de que juntar arte com conhecimento é algo fantástico”, completou.
A cerimônia ainda teve a parte musical, com o Coral Sharsheret cantando os hinos nacionais de Brasil e Israel e duas músicas de seu novo repertório. Também foi apresentado um vídeo mostrando as belezas de Israel. Todos os convidados ganharam brindes, camisetas, bonés, artigos escolares e ainda participaram do sorteio de uma bicicleta, entregue ao feliz ganhador, Danillo R. de Assis, da mesma escola do vencedor do primeiro prêmio.
Confira abaixo os nomes dos vencedores e todas as fotos do concurso: