“Existem hoje perto de 12 mil hagadot de Pessach impressas no mundo, algumas ilustradas por nomes consagrados, como o artista gráfico Arthur Szyk (1894 – 1951, Lodz, Polônia)”, contou Nelson Rozenchan, em palestra na WIZO-SP. Segundo o moré, a mais bela a Hagadá já feita é a de Sarajevo, elaborada durante a Idade Média, uma das obras mais importantes do judaísmo medieval. Composta de 109 páginas de pergaminho branco, manuscritas e decoradas com ouro e bronze e pintada em cores vivas, como o vermelho e o azul, ela foi produzida em estilo gótico-italiano, seguindo as tradições sefaraditas.
Rozenchan ainda abordou diversos aspectos do livro, que conta a história do povo judeu, da saída da escravidão do Egito para a liberdade. “Muitos autores contemporâneos de diversos países acrescentaram textos à Hagadá, como o escritor Moacir Scliar”, explicou. Um dos trechos da obra escrita por Scliar, nos anos 1980, cita: “Como diz o Seder: em toda geração deve o homem considerar como se tivesse saído do Egito. Neste, como está sintetizada toda a gama de possibilidades que a tradição, mais que o frio relato dos acontecimentos, proporciona aos seres humanos a possibilidade de evocarmos, por uma noite que seja, o terror da escravidão; a possibilidade de vivermos, por uma noite que seja, a glória da libertação”.
Na mesma tarde, foram sorteadas cestas com produtos casher le Pessach, preparadas e rifadas pelo Grupo Tzehirot, e o Grupo Tiferet foi homenageado pela significativa venda de matzot e vinho semanas antes da festa.